27 de jul. de 2011

TIPOS INÚTEIS DE FÉ - J. C. RYLE

Existem dois meios pelos quais um homem pode perder sua alma. Quais são eles?
Ele pode perdê-la por viver e morrer sem nenhuma fé. Ele pode viver e morrer como um animal, ímpio, ateisticamente, sem a graça e incrédulo. Este é um caminho seguro para o inferno. Cuidado para não andar por ele.
Ele pode perder sua alma por aceitar determinado tipo de fé. Ele pode viver e morrer contentando-se com um cristianismo falso e descansando numa esperança sem fundamento. Este é o caminho mais comum que existe para o inferno.
O que quero dizer com fé inútil?
Em primeiro lugar, uma fé é totalmente inútil quando Jesus Cristo não é o principal objeto e não ocupa o lugar principal.
Existem portanto, muitos homens e mulheres batizados que praticamente nada sabem sobre Cristo. A fé deles consiste em algumas noções vagas e expressões vazias. “Mas eles crêem, não são piores que outros; eles se mantêm na igreja, tentam fazer suas obrigações; não prejudicam a ninguém; esperam que Deus seja misericordioso para com eles! Eles confiam que o Poderoso perdoará seus pecados e os levará para o céu quando morrerem”. Isto é quase a totalidade da sua fé.
Mas o que estas pessoas sabem de fato sobre Cristo? Nada! Nada mesmo! Que relação experiencial eles têm com Seus ofícios e obra, Seu sangue, Sua justiça, Sua mediação, Seu sacerdócio, Sua intercessão? Nenhuma! Nenhuma mesmo! Pergunte-lhes sobre a fé salvífica; pergunte-lhes sobre nascer de novo do Espírito; pergunte-lhes sobre ser santificado em Cristo Jesus. Que resposta você terá? Você é um bárbaro para eles. Você lhes perguntou questões bíblicas simples, mas eles não sabem mais sobre elas, experimentalmente, do que um budista ou um mulçumano.
E mesmo assim, esta é a fé de centenas de milhares de pessoas por todo mundo que são chamadas de cristãs.
Se você é um homem deste tipo, eu o advirto claramente que tal cristianismo nunca o levará para o céu. Ele pode fazer muito bem aos olhos dos homens; pode ser aprovado no conselho da igreja, no escritório, no parlamento inglês ou nas ruas, mas ele nunca o confortará; nunca satisfará sua consciência; nunca salvará sua alma.
Eu o advirto claramente, que todas as noções e teorias sobre Deus ser misericordioso sem Cristo são ilusões sem fundamento e imaginações vãs. Tais teorias são puramente ídolos da invenção humana, tanto quanto os ídolos hindus. Elas são todas da terra, terrestres; nunca desceram do céu. O Deus do céu selou e nomeou Cristo como o único Salvador e caminho para a vida e todos que quiserem ser salvos devem satisfazer-se em serem salvos por Ele, do contrário, de forma alguma serão salvos.
Eu lhe dou um aviso legítimo: Uma fé sem Cristo nunca salvará sua alma.
Mas eu ainda tenho outra coisa a dizer. Uma fé é inteiramente inútil quando se une qualquer coisa a Cristo com respeito a salvação da sua alma. Você não deve somente depender de Cristo para salvação, mas deve depender de Cristo somente e exclusivamente de Cristo.
Existem multidões de homens e mulheres batizados que professam honrar a Cristo, mas na realidade O desonram grandemente. Eles dão a Cristo um certo lugar no seu sistema religioso, mas não o lugar que Deus tencionou que Ele ocupasse. Cristo, exclusivamente, não é “tudo em todos” para suas almas. Não!
É Cristo e a igreja; ou Cristo e os sacramentos; ou Cristo e Seus ministros ordenados; ou Cristo e a bondade deles; ou Cristo e suas orações; ou Cristo e a sinceridade e caridade deles, nas quais eles realmente descansam suas almas.
Se você é um cristão deste tipo, eu também o advirto claramente que sua fé é uma ofensa a Deus. Você está mudando o plano de salvação de Deus em um plano da sua própria invenção. De fato você está depondo Cristo do seu trono, dando a glória que Lhe é devida a outro.
Eu não me importo quem lhe ensina sua fé, cuja palavra você confia. Se ele é papa ou cardeal, arcebispo ou bispo, diácono ou presbítero, episcopal ou presbiteriano, batista, independente ou metodista; quem quer que acrescente alguma coisa a Cristo, está ensinando incorretamente.
Eu não me preocupo com o que você está juntando a Cristo. Se é a necessidade de unir-se a igreja de Roma, ou de ser um episcopal, ou um sacerdote independente, ou desistir da liturgia, ou de ser batizado por imersão. O que quer que seja que você acrescente a Cristo no que se refere a salvação, você ofende a Cristo.
Atente para o que você está fazendo. Cuidado para não dar aos servos de Cristo a honra devida a ninguém, além de Cristo. Cuidado para não dar às ordenanças a honra devida ao Senhor. Cuidado para não descansar o fardo de sua alma em coisa alguma a não ser Cristo e Cristo exclusivamente. Cuidado para não ter uma fé que seja inútil e que não pode salvar.
É horrível não ter nenhuma fé. Ter uma alma imortal confiada ao seu cuidado e negligenciá-la, é terrível. Porém, não menos terrível, é estar contente com uma fé que não lhe pode fazer nenhum bem.

Não permita que esse seja seu caso.

DEUS LHES ABENÇOE
EM NOME DE JESUS!!!!

24 de jul. de 2011

SEDE SANTOS - Thomas Watson

A principal coisa que um cristão deveria procurar é a santificação, pois ela é a única coisa necessária. A santificação é nossa mais pura aparência, nos faz como o céu, coberto com estrelas. É a nossa nobreza, pela qual somos nascidos de Deus e tomamos parte na natureza divina. É nossa riqueza, portanto comparada a carreiras de jóias e correntes de ouro (Ct 1.10). É nosso melhor certificado para o céu. Qual outra evidência temos para mostrar? Temos conhecimento? O diabo também tem. Professamos uma religião? Satanás geralmente aparecia com o manto de Samuel e se transformava em um anjo de luz. Porém, nosso certificado para o céu é a santificação. Ela é o primeiro fruto do Espírito, a única moeda que valerá no outro mundo. A santificação e a evidência do amor de Deus. Não conhecemos o amor de Deus pela saúde que nos dá, pelas riquezas e pelo sucesso, mas ao desenhar sua imagem de santificação em nós por meio do lápis do Espírito Santo.

Que tristeza aqueles destituídos do princípio da santificação. Estão espiritualmente mortos (Ef 2.1). Embora respirem, não vivem. A maioria do mundo permanece sem santificação: "O mundo inteiro jaz no Maligno" (1Jo 5.19), isto é, a maior parte dele. Muitos se nomeiam cristãos, mas destruíram completamente a palavra santo. Alguns homens querem explicações racionais, o cristão quer graça. Ainda há algo pior, alguns mantêm tal posição de impiedade odiando e zombando da santificação. Eles a odeiam. Se for ruim desejá-la, pior é odiá-la. Eles abraçam a forma da religião, mas odeiam o poder. O urubu odeia odores agradáveis, o mesmo acontece com os ímpios que odeiam o perfume da santidade. Dizem zombeteiramente: "Este são os seus homens santos?" Zombar da santificação exige um alto grau de ateísmo e é uma marca negra de reprovação. O desprezível Ismael foi lançado fora da família de Abraão (Gn 21.9), aqueles que zombam da santidade serão privados do céu.


Segundo: acima de todas as coisas persiga a santificação. Procure a graça mais do que o ouro: "Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida" (Pv 4.13). Em relação a esta aplicação, vamos responder a duas perguntas:

Primeira pergunta: Quais são os principais incentivos à santificação?

1. É a vontade de Deus que sejamos santos, como diz o texto: "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação". Como a Palavra de Deus deve ser regra, também deve ser a razão de nossas ações. Essa é a vontade de Deus, nossa santificação. Talvez não seja da vontade de Deus que sejamos ricos, mas é sua vontade que sejamos santos. A vontade de Deus é nossa garantia.

2.      Jesus Cristo morreu para nossa santificação. Cristo morreu e derramou seu sangue para lavar nossa impureza. A cruz era tanto um altar quanto uma pia: "O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade" (Tt 2.14). Se pudéssemos ser salvos sem a santidade, Cristo não precisava ter morrido. Cristo morreu não somente para nos salvar da ira, mas também do pecado.

3.      A santificação nos leva a ser semelhantes a Deus. Este foi o pecado de Adão: desejar ser igual a Deus em onisciência, porém, devemos nos preocupar em ser semelhantes a Deus em santidade. Pode-se ver nitidamente a face em um bom espelho, pode-se ver algo de Deus em um coração santo. Nada divino pode ser visto em uma pessoa não santificada, porém se pode ver a imagem de Satanás. A inveja é o olho de Satanás, a hipocrisia seu pé, mas nada da imagem de Deus pode ser vista nelas.


4.      A santificação é algo que Deus ama muito. Nenhum ornamento exterior, ou descendência importante ou grandeza deste mundo chama a atenção do amor de Deus, mas um coração cheio de santidade chama sua atenção. Cristo nunca admirou outras coisas senão a beleza da santidade. Ele desrespeitou a grande construção do templo, mas admirou a fé de uma mulher, à qual disse: "mulher, grande é a tua fé" (Mt 15.28). Assim como um rei se alegra em ver sua imagem cunhada em uma moeda, onde Deus vê sua imagem ele atribui seu amor. O Senhor tem dois tronos em que habita, um deles é o coração santo.

5.      A santificação é a única coisa que nos torna visivelmente diferentes dos ímpios. O povo de Deus tem seu selo sobre ela: "Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor" (2Tm 2.19). O crente é selado com um selo duplo, um selo da eleição: "O Senhor conhece os que lhe pertencem", e um selo da santificação: "Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor". Este é o nome pelo qual o povo de Deus é conhecido: "Teu santo povo" (Is 63.18). Como a castidade distingue uma mulher virtuosa de uma prostituta, também a santificação distingue o povo de Deus de outros povos: "E vós possuís unção que vem do Santo" (1Jo 2.20).

6.      É uma grande vergonha ter o nome de cristão e carecer de santidade, assim como ter o nome de mordomo e carecer de fidelidade; ou ter nome de virgem e carecer de virgindade. A religião é exposta à reprovação quando pessoas batizadas em nome de Cristo não são santas, quando têm os olhos cheios de lágrimas no domingo, mas nos dias de semana seus olhos estão cheios de adultério (2Pe 2.14). Ser devoto da mesa do Senhor como se estivesse pisando no céu e tão profano durante a semana como se tivesse saído do inferno. Ter nome de cristão e não ser santo é um escândalo para a religião e os caminhos de Deus ficam mal falados.

7. A santificação é apropriada para o céu. "Nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2Pe 1.3). A glória é o trono e a santificação é o degrau pelo qual subimos até ele. Como é comum limpar primeiramente o vaso para depois pôr o vinho, Deus primeiro nos purifica pela santificação e, depois, derrama em nós o vinho da glória. Salomão foi primeiramente ungido com óleo e depois se tornou um rei (lRs 1.39). Primeiramente, Deus nos unge com o santo óleo de seu Espírito e, depois, coloca a coroa de felicidade sobre a nossa cabeça. A pureza de coração e a contemplação de Deus estão unidas (Mt 5.8).




Texto extraído do site: http://www.josemarbessa.com/

DEUS LHES ABENÇOE
EM NOME DE JESUS!!!

17 de jul. de 2011

A ORAÇÃO DE JOELHOS

A oração, enquanto comunicação com Deus, não está vinculada à postura física. Podemos orar em pé, andando, correndo, sentados ou deitados (At.3.8; Salmo 149.5), mesmo porque alguma circunstância ou enfermidade pode restringir nossos movimentos. Contudo, é bíblica a atitude de se orar de joelhos (Mc.1.40; Lc.22.41; At.9.40; 20.36; 21.5). Não podemos criar uma doutrina fixa em torno dessa prática, mas devemos reconhecer sua validade.
Surge então a questão: Qual é a importância de tal postura?
O ato de ajoelhar-se diante de alguém faz parte dos costumes humanos desde as mais antigas civilizações. A passagem de um rei, de uma rainha, ou de outra pessoa a quem se quisesse honrar ou suplicar, era motivo para que os indivíduos se ajoelhassem ou mesmo se prostrassem com o rosto em terra (Et.3.2; Gn.17.3,17; 18.2; 19.1; 37.10; 42.6). Daí vem a palavra “adoração” no sentido de “prostração”. Tal reverência exigida pelos monarcas era também demonstrada nas religiões como ato de culto aos ídolos (Êx.20.5), ou até mesmo ao verdadeiro Deus (Gn.24.52; Ap.7.11). O próprio Satanás, querendo que Cristo o adorasse, gostaria que o fizesse prostrado diante dele (Mt.4.9).
Embora possamos orar de pé, e em muitos casos será necessário fazer assim, essa posição pode indicar a altivez de quem ora (Mt.6.5). A expressão “de dura cerviz”, usada no Velho Testamento, significa exatamente aquele que não se dobra, não se inclina.
Ajoelhemo-nos diante do Senhor, mas não por obrigação, não por falsidade (Mc.15.19), não como prática meramente religiosa, mas conscientes de todo o significado de tal postura. Quando nos ajoelhamos, estamos indicando que reconhecemos o Senhor como Rei e nos colocamos diante dele como súditos, submissos à sua vontade, humilhando-nos diante da sua santidade, suplicando sua misericórdia e seu favor para conosco.
Que o nosso corpo ajoelhado seja a expressão de uma alma prostrada diante de Deus e uma vida de obediência a Ele. E quando nos levantarmos, levemos conosco o propósito de servir àquele a quem adoramos (Mt.4.10).
Embora seja bíblico o ato de ajoelhar-se, não existe nenhum mandamento nesse sentido. O Senhor nos deixou à vontade para demonstrarmos livremente a nossa adoração, a nossa reverência diante dele.
O salmista nos convida: “Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou”. (Salmo 95.6).

Prof. Anísio Renato de Andrade


12 de jul. de 2011

PODE OU NÃO PODE? (Terceira parte)

            Por outro lado, devo admitir e concordar que há entre nós, irmãos pregadores que nos ensinam que não devemos viver como escravos de uma lista qualquer de regulamentos comportamentais desprovidos de valores bíblicos como faziam os fariseus para se vangloriarem diante de Deus como bem vemos descrito em Lucas 18, 10-12, mas, devemos viver como servos livres para observar os “não” da Lei e da Palavra de Deus como uma forma de conduta descrita pelo Criador para vivermos manifestando a Sua Glória.
            Assim, a lista de “não pode” que o crente assume para si tem base bíblica, é insculpido em seu coração pelo Espírito Santo, e na verdade corresponde a valores da Palavra de Deus; o crente verdadeiro não faz isso ou aquilo, porque não pode, e não pode porque desagrada e entristece a Deus(Santo Temor), que é a razão máxima, primeira e última de sua vida. Só importa ao crente verdadeiro viver para agradar ao seu  Senhor e o próprio Deus nos ensina como fazer isso, ELE nos deu a sua Palavra, revelou Seu Amor e Sua Graça em Jesus Cristo para vivermos em plenitude.
            Irmãos, por Deus, peço que reflitam: será que é conveniente que um crente verdadeiro seja visto bebendo em um bar? Ou será que agrada a Deus o crente verdadeiro estar numa “balada”, numa boate? Ou ouvindo músicas que não sejam louvores a Deus? Combina a Luz com as trevas? Deus está na boate? No bar? Jogando, apostando? Repetindo com seus lábios palavras de canções que falam de promiscuidade sexual, traição, bebedeiras? Observem o que diz a palavra de Deus em 2 Coríntios 6, 14-17 e reflitam.
            Sei que os pregadores e propagadores da idéia de que devemos abandonar nossas listas de “não pode” e viver no Espírito irão fundamentar que suas exortações pautam na liberdade verdadeira, sem amarras, que devemos viver os valores e não só a letra da Lei, mas o espírito da Lei.
            Mas, meus amados de Deus, entendam que numa assembléia podem haver aqueles ouvintes que ainda são inocentes na fé, e portanto, podem interpretar mal o discurso e assim acabarem se tornando perversos diante de Deus, já que vivem na ilusão da liberdade, quando na verdade, estão abandonando a Palavra e desagradando Deus.
            Queridos, acredito que o perigo acerca desta doutrina é grande demais para nos arriscarmos nisso, pois quem dentre nós está habilitado para perceber a fina linha entre o céu e o inferno que se põe neste entendimento?
            Irmãos que arrogância, que mentalidade perversa, mundana e diabólica afirmar que nós podemos viver uma vida social regada a outros valores e ainda assim servir a Deus, se isso for verdade, então Cristo mentiu em Mateus 6, 24. Não dá para viver duas vidas, não dá para seguir Cristo verdadeiramente no domingo e servir ao diabo e suas distrações e prazeres efêmeros durante o resto da semana. Não dá, não dá.
            Por fim, que parece melhor irmãos? Obedecer a Deus que traça em sua Palavra uma lista de condutas que nos proíbe de fazer certas coisas que O desagrada? Ou seguir o falso entendimento do homem de que somos livres e por isso mesmo podemos conciliar o louvor e adoração que é devido a Deus com prazeres fúteis do mundo?
             Não sei quanto a vocês, mas eu prefiro ser escravo da Palavra de Deus que é Santo e Bendito para sempre, que me Salvou em Seu Filho Jesus Cristo e tem me santificado e sustentado com o Espírito Santo, do que ter a falsa sensação de liberdade pela doutrina de homens.
             Não acredito que o crente verdadeiro possa viver sem um rumo, sem uma direção, EU CREIO que se existe a Palavra, é para ser seguida, ser vivida, não é para ser adequada ao nosso tempo, aos nossos novos e inconstantes costumes; ademais, EU CREIO, irmãos, aqueles que foram chamados a uma nova vida, recebem o Espírito Santo e esse nos capacita a viver a vontade de Deus. Portanto, uma lista de “não pode” não nos pesa a alma, posto que entendemos, no Espírito Santo, que aquilo que “não pode” , não pode porque não nos fará bem e também não agradará a Deus, nosso maior bem.

“Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor”. Efésios 5, 17

Jesus disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra,

 e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. João 14, 23.





11 de jul. de 2011

PODE OU NÃO PODE? (Segunda parte)

              Estamos falando até agora de não nos afastarmos da Lei, mas qual Lei? A Lei que Deus deu Moisés? Ou devemos observar apenas os dois grandes mandamentos elencados por Jesus em Mateus 22, 36-40? Não importa por qual destas vivamos, pois se vivermos apenas os dois mandamentos que disse Jesus, estaremos cumprindo os dez mandamentos de Deus; ademais, entendam que a Lei é santa e o mandamento justo e bom (Romanos 7, 12). Muitos pensam que a graça misericordiosa de Jesus, aboliu a Lei, mas isso é um absurdo!. Cristo não se desfez da Lei, ELE mesmo sendo judeu a observava, o que ELE sempre condenou foi a maneira como o homem observava a Lei, pois veja o que diz Mateus 19, 3-9, e perceba que o problema não está na Lei, mas na maneira “livre” como o homem quer viver a Lei, levando-a deturpação.
            Meus irmãos sabe porque muitos de nós sentem arrepio ao falar de observar a Lei? Porque a palavra que mais caracteriza a Lei é a palavra: NÃO. Esse advérbio de negação tem pelos dicionários o seguinte sentido: exprime negação, recusa.
            Deste modo, o crente verdadeiro, o cristão, é aquele que recusa certos modos de vida, recusa certos comportamentos porque ama a Deus e quer viver para ELE, por isso, traz dentro de si uma lista de “não pode” (Lei/Palavra de Deus) e guarda-a em sua mente e principalmente em seu coração (Salmo 119, 11), para somente agradar a Deus.
            Vejam, meus irmãos que por várias vezes, a Lei, o mandamento, traz no seu texto o advérbio NÃO, observe o livro de Êxodo no capítulo 20:

“Então Deus falou todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 
NÃO  terás outros deuses diante de mim. 
NÃO
farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. NÃO te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. 
NÃO
tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão. 
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia NÃO farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou;
por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou. 
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. 
NÃO
matarás.
NÃO adulterarás.
NÃO furtarás.
NÃO dirás falso testemunho contra o teu proximo.
NÃO cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

            Será necessário contar quantas vezes DEUS disse NÃO? Se é NÃO, é porque DEUS NÃO QUER que o homem tenha tal conduta, e quem melhor que Deus para dizer-nos o que podemos fazer ou não fazer? Existe algum homem neste mundo que possa dirigir a vida do crente mais do que a Palavra de Deus?
            Se isso não for o suficiente para convencê-los de que há sim, na vida do crente verdadeiro uma lista de “não pode” e que ele não pode fazer mesmo porque desagrada a Deus, observe então a “lista” de condutas que o apóstolo Paulo descreve no livro de Gálatas 5 e em Efésios 5, ou ainda melhor, atenha-se as palavras de Jesus, no Sermão do Monte descrito no Evangelho de Mateus capítulos 5,6 e 7.
            Quero com esse discurso irmãos, convencer e exortar-lhes que na vida do crente verdadeiro existe sim uma lista “não pode”, e isso não vem de nós, mas de Deus, do Santo Temor que temos com relação a pessoa Divina, Santa e Soberana que é Deus; vem de Sua Palavra, de seu mandamento, vem do discurso de Jesus Cristo no Sermão do Monte.
            Portanto, afastem-se de toda a pregação que ordena, que transmite a idéia de que ser livre é viver somente na graça sem observar os “não” da Lei, sem observar os preceitos da Palavra, do mandamento do Amor de Deus.
            Meus irmãos olhem ao seu redor, percebam que o mal reina neste mundo a cada dia, mais e mais drogas letais têm surgido, cada vez mais vemos pessoas perturbadas, cometendo suicídio, perversidades sexuais, famílias destruídas, filhos estão desonrando os seus pais, tem filho matando pai, tem pai violentando filhas, o mundo caminha mais e mais para o abismo porque as pessoas mais e mais têm buscado a liberdade e a felicidade fora dos parâmetros da vida plena que Deus nos revelou pela sua Lei e Palavra.
            Quanto menos lemos a Bíblia, quanto menos observamos os mandamentos de Deus, tanto menos amamos a Cristo e mais e mais as trevas do pecado tem cegado nossos olhos para nos guiar ao abismo. Irmãos, por Deus, acordem!!! Essa doutrina de que você deve abandonar a lista de “não pode” para ser livre, é diabólica, é semelhante a tentação que Eva sofreu da serpente no Paraíso. Melhor sermos escravos da Lei e presos à Palavra de Deus, do que sermos livres neste mundo de trevas.

            

10 de jul. de 2011

PODE OU NÃO PODE? (Primeira parte)

            Nos dias de hoje temos visto a Igreja caminhando para uma concepção perigosa dentro do cristianismo. Existem pastores e líderes exortando os fiéis contra as famosas listas de “pode” e “não pode” que muitos crentes começam a observar quando entregam suas vidas a Jesus Cristo.
            Primeiramente, vamos entender porque as pessoas vêem os crentes verdadeiros como aqueles que vivem perambulando sob essas duas listas. Na verdade, isso ocorre porque o crente verdadeiro – homem e mulher que tem o coração inclinado para Deus, que encontraram em Cristo a única e verdadeira razão de viver, que entenderam por obra do Espírito Santo que a vida não lhes foi dada para perderem-se em prazeres fúteis, mas antes, a vida foi comprada no alto de uma Cruz com o sofrimento e Sangue do Filho de Deus – vivem para dar glória ao seu Criador e a seu Redentor. Neste sentido, tendo essa consciência, os verdadeiros crentes têm uma conduta diversa do restante do mundo, não que isso os torne orgulhosos e pretensiosos a ponto de se encherem de vanglória, mas ao contrário, esse modo de viver diverso serve única e exclusivamente para obedecer ao mandamento descrito em Mateus 5, 14, 16:

Vocês são a luz do mundo.
 Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens
 para que vejam as vossas boas obras 
e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.

              É por isso que o crente verdadeiro é diferente do restante do mundo que o cerca, ele se preocupa em ter uma conduta que agrada a Deus, procura viver de acordo com a glória que foi derramada pela Graça Redentora de Jesus Cristo por ação do Espírito Santo.
            Em segundo lugar, vamos entender o que eu chamo de “perigosa sensação de liberdade” e que tem inundado nossas igrejas e tomado conta das pregações. Irmãos, se observarmos bem a Palavra de Deus nos mostra que desde o primeiro homem, Adão, todas as vezes que a humanidade quis se libertar de uma regra, de um mandamento, para sentir-se livre, caiu mais e mais em desgraça e perdição. Se isso não fosse verdade, se fôssemos capazes de por nós mesmos viver uma vida que agrada a Deus, então não haveria necessidade do Altíssimo ter se curvado de seu Trono Glorioso ao Monte Sinai e entregado a Moisés os Dez Mandamentos, que nada mais são que a forma como deveria viver o seu povo escolhido. Se avançarmos mais na Palavra, veremos que as grandes perdições e desgraças que assolaram o povo de Deus ocorreram tanto pela não observância da Lei quanto pela deturpação desta, desviando-se de tal maneira que foi necessário (e isso foi uma benção) que o próprio Deus viesse ao mundo para nos ensinar a viver plenamente a sua Palavra.     
            Amados de Deus, quero com este raciocínio demonstrar que a ilusão de se “libertar” de uma lista de “não pode” e “pode” na verdade, não é liberdade, mas engano, uma sutil perversão de satanás para nos conduzir ao mesmo erro dos nossos antepassados, qual seja, o desrespeito a Deus. Veja que se analisarmos tal situação inevitavelmente cairemos na maior dicotomia cristã: a lei e a graça. Não pretendo adentrar neste assunto, mas rogo que entendam que mesmo aqueles que conhecem e receberam a Graça de Cristo não estão livres de observar a Lei ou de viver segundo a Palavra, mas ao contrário, o próprio Verbo Divino nos ensina em Mateus 5, 17-19 que:

Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade:  Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma  desaparecerá  da Lei a menos letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra
Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes mandamentos será chamado grande no Reino dos céus.

            Veja claramente que Jesus não veio abolir a Lei e nos dar a sensação de uma falsa liberdade, pois a verdadeira liberdade e felicidade do homem está em observar a Lei, como nos diz o salmo 119, 1,35:

“Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis,
Que vivem conforme a Lei do Senhor.
Dirige-me pelo caminho dos teus mandamentos,
pois neles encontro satisfação




continua.....

Em Cristo
DEUS LHES ABENÇOE!!!!